quinta-feira, 6 de junho de 2013

Experiências com a palavra escrita

          Dizem que matemáticos não leem, mas essa afirmação não é sempre verdade.
          Vamos demostrar isso, por meio dos nossos depoimentos sobre algumas de suas experiências com a palavra escrita.
 
Cintia Lopes
               Minha experiência com a leitura se iniciou cedo na infância, fui alfabetizada antes de completar 6 anos de idade por minha mãe. Ela é uma leitora admirável. Pouco estudou mas lê tudo o que é posto em suas mãos, mesmo quando acha a leitura tediosa ou difícil, insiste e vai até o fim.
               Sempre me incentivou a ler e quando eu era bem pequena comprou uma coleção de livrinhos infantis para mim. Nos livrinhos a leitura era intercalada com atividades para pintar ou escrever. Foi ali que conheci diversas histórias clássicas da literatura infantil como: O patinho Feio, Ali Babá e os Quarenta Ladrões, As roupas novas do Imperador, O flautista de Hamelin, O soldadinho de chumbo, O rouxinol e o Imperador, entre outras. Como gostava daqueles livrinhos!!! Eu lia e corria logo para guardá-los na caixinha de papelão aonde vieram, para que não estragassem ou empoeirassem.
              Foi com minha mãe também que aprendi a gratificante experiência de doar. Quando os livrinhos se tornaram infantis demais para mim, eu os doei a uma criança que estava sendo alfabetizada, para que pudessem ser importantes para ela como foram para mim.
              Ainda hoje minha mãe e eu passamos horas lendo, lado a lado, de vez em quando quebramos o silêncio da leitura para fazer um comentário sobre algo que achamos interessante na história. Um belo hábito que cultivamos até hoje!
 
 
Fabricio Matheus da Fonseca
                  A experiência que obtive em sala de aula a respeito de leitura, irei destacar um que ocorreu no ano de 2011, em uma escola de Francisco Morato, lugar em que tive a oportunidade de ser interlocutor para uma estudante surda, com nome de Ana. Na  época estava cursando o 4º ano do ciclo I, foi um trabalho que gostei muito, não somente por estar ao lado de surdos mas também por transmitir som pelas mãos, para que o surdo consiga compreender o que está ao seu redor.
                 Enfim, determinado dia a professora estava lendo uma fábula na sala de aula de João e Maria e ao fazer a tradução para a aluna surda, notei que os seus olhos começaram a lacrimejar, ela estava sentindo uma emoção inexplicável. em seguida, ela começou a relatar que um dia antes ela estava assistindo o canal cultura e naquele momento também passou o episódio da mesma história, porém devido a falta de tradução ela não conseguiu compreender, mas após a tradução ela sentiu a verdadeira emoção na leitura de uma fábula ou história.
                 Infelizmente por burocracias de contrato da categoria "o", não foi possível eu continuar como interlocutor da Ana, que acabou o restante do ano letivo sem interprete na sala de aula, pois não há profissionais nesta área, lastimável!!!!
 
 
Vânia Maria de Lima Pereira
                 A prática da leitura sempre esteve presente em minha vida, desde muito cedo desenvolvi o hábito de ler e continuo nesse mesmo ritmo até hoje. Acredito que este fato tenha se consolidado no 2º ano primário, quando a professora teve a feliz ideia de nos presentear com um livro no dia das crianças, fiquei maravilhada com o presente, cheguei em casa e comecei a ler naquele mesmo dia.
                Acho, também, que tive sorte por estudar em uma escola que oferecia uma biblioteca com acesso irrestrito aos alunos. Devorava “Monteiro Lobato” e como toda adolescente da minha época li muito “Sabrina”; “Bianca”,... escutei muito que esse tipo de leitura era “cultura inútil”, porém não acredito em cultura inútil, pois foi uma fase que ajudou a despertar mais o meu interesse pela leitura. Depois vieram os clássicos e leituras diversificadas que mantenho até hoje.

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